A Justiça determinou que o Paraná forneça tratamento oncológico a um bebê de nove meses, diagnosticado com câncer na coluna. De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a criança foi operada em janeiro deste ano, mas não recebeu o tratamento posterior adequado. A menina perdeu o movimento das pernas e do braço direito, e sofre com dores.

A criança mora em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, sob os cuidados da tia. O câncer foi diagnosticado em um exame de ressonância magnética, realizado em 1 de janeiro, no Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo. O bebê foi operado às pressas para a retirada de um tumor na coluna. Apesar da gravidade do caso, a menina não recebeu tratamento posterior.

A criança passou a sofrer com dores. Diante disso, a tia procurou o Centro Municipal de Especialidades, de Ponta Grossa, para agendar tratamento de urgência. Apesar disso, a consulta com um médico especialista e o início do tratamento seria agendada para dali a três meses. Por conta disso, a tia procurou o MP-PR, que ingressou com uma ação ordinária para defesa de direito, pedindo liminarmente que o Estado garantisse o tratamento.

Para o promotor Fuad Faraj, houve “descaso” com o sofrimento da criança. Além de ter perdido o movimento de membros, o bebê está usando colar cervical e está com fortes dores na cabeça e no lado direito da face.

“É válido dizer que não há tempo hábil para providencias administrativas por esta Promotoria de Justiça, pois a menina se encontra em estado visível de enfermidade e debilidade, inclusive enfrentando a dor da grave doença sem receber medicação alguma que alivie seu sofrimento”, observou o promotor.