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Saúde - Terça-feira, 25 de Junho de 2013

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Paraná vai produzir cola de uso médico a partir de princípio biológico ativo

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Paraná vai produzir cola de uso médico a partir de princípio biológico ativo

O Ministério da Saúde aprovou a Parceria de Desenvolvimento Produtivo (PDP) da cola de fibrina recombinante apresentado pelo consórcio tecnológico composto pelo Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), com a participação da empresa brasileira Cristalia.Trata-se do primeiro selante de fibrina obtido por rota biotecnológica, com produção 100% nacional. A cola biológica é usada para reduzir ou deter hemorragias em vários tipos de cirurgia e em tratamento de pessoas com dificuldade de coagulação. A prova de conceito já foi concluída pelo IBMP. A produção será compartilhada em duas plantas: no complexo fabril da fabricante de produtos químicos e farmacêuticos Cristalia, em Itapira (SP), e na planta de produção do consórcio tecnológico, localizada na sede do Tecpar, em Curitiba.FASES DO PROJETO – Com um investimento previsto da ordem de R$ 54 milhões, o projeto entra agora na fase de estudos pré-clínicos. Os lotes experimentais serão produzidos pelo IBMP, em suas instalações. A partir de 2015 entra na fase de estudos clínicos e registro. A produção nacional e distribuição para o SUS e setor privado devem acontecer em 2018. Serão produzidos a cola de fibrina na forma de selante e adesivo, e o seu princípio ativo biológico (Trombina, Fibrinogenio e Fator XIII recombinantes).MERCADO - O mercado mundial de cola de fibrina saltou de US$ 2,78 bilhões, em 2007, para US$ 5,51 bilhões em 2012. Estima-se que o Brasil é responsável por 1% desse mercado, apresentando um potencial de crescimento expressivo. Esse projeto significa a oferta do produto a preços adequados aos programas de saúde pública, além da perspectiva do país assumir posição de liderança tecnológica e de produtor mundial da cola.O PDP prevê atender integralmente o mercado brasileiro e, por meio de parceiros internacionais e canais adequados, atender boa parte da demanda mundial, dada a facilidade de ampliação da capacidade produtiva sem a dependência da matéria-prima crítica (sangue) nos processos produtivos tradicionais.Já existem, nesse segmento, vários produtos comercializados, mas todos derivados do plasma humano, o que reduz a oferta e eleva os preços, tornando seu uso restrito na maioria dos casos, incluindo o Brasil.

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