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Unidades Básicas de Saúde farão mobilização de combate ao Aedes
No Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta sexta-feira (7), a comemoração é pela luta contra o Aedes aegypti. As 41.688 Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país vão realizar uma vistoria para identificar criadouros e incentivar toda a população no combate ao mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya. A medida faz parte da campanha Sexta-feira sem mosquito, organizado pelo Ministério da Saúde, em parceria com o CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) e Conasems (Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde). A ação será feita dentro das UBS com o auxílio dos profissionais de saúde. A pasta pretende difundir as ações de enfrentamento ao inseto, uma vez que as unidades de saúde estão presentes em todo Brasil e possuem mais de 39 mil equipes de saúde da família atuando na assistência.
Os profissionais de saúde vão verificar a presença de focos do Aedes em vasos de plantas, jardins, bueiros e ralos, por exemplo, eliminando possíveis criadouros nas unidades. Além disso, os profissionais também vão convidar a comunidade presente para receber orientações sobre prevenção, com dicas de como eliminar os focos, fazer descarte correto do lixo, entre outras medidas. A ideia é que, a partir da informação que se recebe UBS, toda a sociedade seja orientada sobre como agir para enfrentar o mosquito, em uma ação continuada.
Para o ministro da Saúde, Ricardo Barros, é importante a continuidade das mobilizações, uma vez que todos são responsáveis por essa luta. É preciso criar o hábito de toda sexta-feira fazer uma vistoria no seu imóvel e nas redondezas, o que pode incluir também o local de trabalho. Se cada cidadão fizer a sua parte, evitando água parada e descoberta em locais que possam servir de criadouros, juntos estaremos realizando um grande mutirão semanal de limpeza em todo o país, afirma o ministro.
CAMPANHA A campanha do Ministério da Saúde, de conscientização para o combate ao mosquito, chama a atenção para as consequências das doenças causadas pela chikungunya, Zika e dengue, além da importância de eliminar os focos do Aedes. Um simples mosquito pode marcar uma vida. Um simples gesto pode salvar alerta a campanha, que está sendo veiculada em TV, rádio, internet, redes sociais e mobiliários urbanos (ponto de ônibus e outdoor). A ideia é sensibilizar as pessoas para que percebam que é muito melhor cuidar do foco do mosquito do que sofrer as consequências da omissão.
Além disso, desde o ano passado, o Ministério da Saúde propõe a Sexta-feira sem mosquito, uma mobilização de toda a população para combater os focos do Aedes aegypti, eliminando todos os lugares que possam servir como criadouro para larvas. Um dia da semana é reservado para uma vistoria nas casas, ambientes de trabalho, escolas, entre outros. Tampar os grandes depósitos de água, cobrir piscinas, manter os ambientes limpos removendo o lixo e limpar com bucha as laterais e bordas de recipientes com água, como os vasos de planta, são medidas simples que evitam a proliferação do mosquito transmissor da dengue, Zika e chikungunya.
REDUÇÃO DE CASOS Todas as ações realizadas pelo Governo Federal em parceria com estados e municípios resultaram na queda expressiva nos casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Em 2017, até 25 de março, foram notificados 90.281 casos prováveis de dengue em todo o país, uma redução de 90% em relação ao mesmo período de 2016 (947.130). Também houve queda expressiva no número de óbitos. A redução foi de 97%, passando de 411 em 2016 para 11 em 2017.
Em relação à chikungunya, a redução do número de casos foi de 73%. Até 11 de março, foram registrados 26.856 casos da febre, o que representa uma taxa de incidência de 13,0 casos para cada 100 mil habitantes. No ano passado, foram registrados 101.633 casos neste mesmo período. Também até 25 de março, o Ministério da Saúde registrou 4.894 casos de Zika em todo o país. Uma redução de 97% em relação a 2016 (142.664 casos). A incidência passou de 69,2 em 2016 para 2,4 neste ano. A análise da taxa de casos prováveis mostra uma baixa incidência em todas as regiões geográficas até o momento. Em relação às gestantes, foram registrados 727 casos prováveis. Não houve registro de óbitos por Zika em 2017.
CONTROLE NACIONAL - Em 2015, foi criada a Sala Nacional de Coordenação e Controle, além de 27 Salas Estaduais e 2.029 Salas Municipais, com o objetivo de gerenciar e monitorar as iniciativas de mobilização e combate ao vetor, bem como a execução das ações do Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia. A Sala Nacional é coordenada pelo Ministério da Saúde e conta com a presença dos integrantes de outras oito pastas federais.
Cabe a esse grupo definir diretrizes para intensificar a mobilização e o combate ao mosquito Aedes aegypti em todo território nacional, além de consolidar e divulgar informações sobre as ações e os resultados obtidos. Também faz parte das diretrizes, coordenar as ações dos órgãos federais, como a disponibilização de recursos humanos, insumos, equipamentos e apoio técnico e logístico, em articulação com órgãos estaduais, distritais, municipais e entes privados envolvidos.