Exame de sangue pode salvar vida de pacientes com câncer de mama

Saúde - Quinta-feira, 07 de Junho de 2012


Exame de sangue pode salvar vida de pacientes com câncer de mama

Um simples exame de sangue pode salvar vidas, ajudando médicos a diagnosticar rapidamente se uma paciente com câncer de mama em estágio inicial corre um risco de morte ou de reincidência depois do tratamento, informaram especialistas nesta quarta-feira.

As células tumorais em uma amostra de sangue, quando analisadas na etapa inicial da doença, permitem prognosticar acertadamente as probabilidades de sobrevivência da paciente, destacaram cientistas no jornal The Lancet Oncology.

Esta descoberta pode ajudar a identificar rapidamente as pacientes para as quais seria benéfico receber um tratamento adicional como a quimioterapia. "A presença de uma ou mais células tumorais em circulação (CTCs, no sangue) prognostica uma recidiva precoce e uma sobrevivência geral inferior", disseram os cientistas do Centro Médico Anderson para o Câncer da Universidade do Texas.

Quantas mais CTSs encontrarem, maior será o risco de morte. Em geral, não se costuma fazer exames de sangue de CTC para efetuar um prognóstico do paciente ou prescrever um tratamento, já que em geral se acredita que os tumores cancerosos se disseminem através do sistema linfático e não na corrente sanguínea. A equipe fez testes com 302 pacientes tratadas no centro entre fevereiro de 2005 e dezembro de 2010.

As pacientes estavam nas primeiras fases de câncer de mama - antes de se espalhar para outras partes do corpo - e não tinham recebido quimioterapia. A equipe encontrou CTSs em um quarto das pessoas. Das que tinham células tumorais no sangue, uma em cada sete teve uma recidiva depois do tratamento e uma em cada dez morreu neste período.

Ao contrário, as pacientes cujos exames não mostraram CTCs tiveram uma taxa de recidiva de 3% e uma taxa de óbitos de 2%. "Para as pacientes com concentração mais elevada de CTCs, a correlação entre a sobrevivência e as taxas de progressão foi ainda mais radical, com 31% das pacientes que morreram ou tiveram recidivas", informou um comunicado de imprensa que acompanhou o estudo.

O novo estudo diz poder mostrar que "não é necessária uma doença avançada para que as células cancerosas se disseminem (pelo sangue) e comprometam a sobrevivência".

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