Hospital de Foz do Iguaçu suspende atendimento a pacientes

Saúde - Quinta-feira, 04 de Julho de 2013


Hospital de Foz do Iguaçu suspende atendimento a pacientes

O Hospital Municipal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, vai deixar de atender pacientes e também casos de urgência. Os serviços foram suspensos nesta quarta-feira (3) após a secretaria de Saúde decretar estado de emergência no hospital que é administrado pela Fundação Municipal de Saúde.

Com a mudança, os pacientes que eram encaminhados pelo Corpo de Bombeiros e pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) com lesões graves serão levados para o Hospital Costa Cavalcanti. Já as pessoas com ferimentos leves para o Hospital Cataratas.

Segundo o assessor jurídico do hospital Túlio Bandeira, esta situação deve permanecer durante 15 dias. “A gente tem 15 dias para poder contratar, o médico formar a sua equipe, porque os cirurgiões tem que formar uma equipe, os anestesistas outra equipe. Então, em 15 dias, no máximo, a gente vai estar com isso tudo concluído. Nesses 15 dias não receberemos mais urgência e emergência por falta de auxílio de retaguarda como dizem os médicos”, afirmou.

Bandeira também garantiu que os pacientes já internados na unidade continuarão recebendo atendimento pelos médicos que decidiram não trabalhar mais no hospital. Segundo ele, os profissionais tem obrigação ética de prestar atendimento.

Mudança na administração A unidade de saúde era administrada pela organização Pró-Saúde desde 2010 e passou a ser gerida pela Fundação Municipal de Saúde no dia 19 de junho. A mudança obedeceu a exigências do Ministério Público, que considera impróprio o modelo adotado pelo ex-prefeito.  No entanto, a alteração foi marcada por confusão. Os 132 médicos que prestavam serviços à Pró-Saúde deixaram de atender no Hospital Municipal às 13h de terça-feira (2). Eles protestam por não terem recebido os salários há dois meses e ainda não terem um contrato assinado com a nova administração.

Em uma assembleia realizada na Associação Médica na tarde desta quarta, os profissionais debateram as propostas feitas pela direção do hospital. Uma delas, por exemplo, é a contratação com carteira assinada e não com de prestação de serviços, como era feito antes.

Após duas horas de reunião, os médicos decidiram que as negociações não serão mais feitas pelo corpo clínico, formado por 132 profissionais, mas separadamente. “Nós optamos como uma das últimas decisões do corpo clínico do hospital de liberar os membros que compõe o corpo clínico para procurarem individualmente o hospital e estabelecer as formas de contrato e as formas de prestações de serviços que forem mais adequadas, tanto para fundação quanto para os médicos individualmente”, complementou o coordenador do corpo clínico Ivan Monteiro.

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