Obras de hospital no Paraná podem ser interrompidas por falta de verba
Saúde - Quarta-feira, 17 de Julho de 2013
O Hospital Noroeste, localizado em Paranavaí, no noroeste do Paraná, corre o risco de perder R$ 9 milhões repassados pelo governo estadual para a finalização da reforma do prédio. A obra está parada há mais de 10 anos e pode não ser concluída caso os projetos hidráulico, sanitário, estrutural e de segurança não sejam apresentados até o dia 24 de julho.
No fim de 2012, o estado se comprometeu a repassar a verba necessária para colocar o hospital, que terá 120 leitos para atender paciente do Sistema Único de Saúde (SUS), em funcionamento desde que a Santa Casa, instituição mantenedora, apresentasse todos os projetos da obra. Na época, a instituição declarou que não teria dinheiro para arcar com todos os custos dos projetos, que passavam de R$ 250 mil, e pediu ajuda, em abril de 2013, para os 28 municípios que pertencem a Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná (Amunpar).
No acordo com a Amunpar, os 28 municípios dividiriam proporcionalmente, confome a quantidade de habitantes das cidades, o valor de R$ 120 mil para a elaboração dos projetos hidráulicos, sanitários, estruturais e de segurança. No entanto, apenas oito deles cumpriram o acordo firmado há três meses e repassaram a valor acordado.
Com a falta de repasses das prefeituras, o diretor da Santa Casa de Paranavaí, Héracles Arrais, acredita que não será possível entregar os documentos necessários dentro do prazo estipulado. Nós somos um hospital filantrópico, nossas contas sempre empatam, às vezes sobra um pouco, às vezes estão no vermelho. É difícil reservar R$ 250 mil para pagar os projetos, então nós estamos pedindo ajuda da comunidade e dos prefeitos da região, desabafa.
Conforme o diretor, a Santa Casa pagou pelo projeto arquitetônico, a Associação Comercial de Paranavaí bancou o projeto elétrico e a maçonaria pelo projeto de tubulação do oxigênio, mas, ainda faltam os projetos complementares.
Para terminar todos os projetos e entregar o processo ao governo, o diretor pede ajuda para a população. A gente entende que os trâmites legais da prefeitura para repassar R$ 2 mil ou R$ 3 mil é complicado e pode demorar, mas de repente alguma empresa da cidade pode fazer essa doação para a sua cidade e fazer com que o processo ande, acredita.
O primeiro prazo para a entrega dos documentos venceu no dia 10 de julho, mas o governo prorrogou a data para o dia 24 de julho.
