Após cinco meses do rompimento do convênio do Município de Londrina com o Hospital Ortopédico, ainda não foi feito pela prefeitura, nenhum chamamento público para substituir os serviços prestados por aquela unidade. Por este motivo, a Comissão de Seguridade Social da Câmara Municipal fará a cobrança aos gestores públicos de saúde tanto do município quanto do Estado, para que façam frente à crise da ortopedia em Londrina. Para isso, uma reunião foi agendada nesta sexta-feira (9), às 9h, no prédio do legislativo.
Os vereadores que integram a comissão, vão também cobrar a realização de um mutirão para atenuar a fila de cirurgias eletivas na especialidade. Um dossiê sobre a crise, elaborado em agosto, apontava à época que 2.227 pacientes aguardavam a cirurgia, sendo que 1.320 pacientes apenas no Hospital Universitário (HU).
Segundo a proposta apresentada, o mutirão pode ser feito por meio de programa federal que remunera 81% a mais do que os valores pagos normalmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para as cirurgias ortopédicas. E esta ação é de responsabilidade da Prefeitura de Londrina, que possui a gestão plena da saúde.
Em agosto, os integrantes da comissão do legislativo, vereadores Lenir de Assis (PT), Vilson Bitencourt (PSL) e Tio Douglas (PTB), se reuniram com o secretário estadual de Saúde, Michele Caputo Neto, cobrando mais profissionais, recursos e estrutura para o HU, Hospital da Zona Norte (HZN) e Hospital da Zona Sul (HZS), nos atendimentos de média e alta complexidade. À época, Caputo Neto se comprometeu em transformar o HZN em referência em traumatologia e ortopedia, com contratação imediata de quatro médicos, aquisição de equipamentos para a unidade e capacitação de técnicos em gesso, uma demanda na especialidade.
"Queremos saber quais os passos concretos foram dados nesta direção. O sofrimento das pessoas com problemas ortopédicos, alguns deles gravíssimos, não pode esperar", informou a presidente da comissão, Lenir de Assis.
A Comissão de Seguridade Social vem desempenhando seu papel de fiscalizar e cobrar melhorias na saúde pública de forma sistemática permanente. No dia 5 de junho realizou audiência para fazer uma radiografia da área em Londrina. Na oportunidade, foram levantados 18 pontos críticos, com destaque para o setor da ortopedia, o que motivou reuniões posteriores (27 de junho e 1º de julho) de um grupo de trabalho formado por representantes do Executivo, Legislativo, entidades e usuários. Liderado pela comissão, o grupo elaborou um dossiê que tem servido de parâmetro na busca de soluções para a crise.
Saúde do Norte do Paraná